Exposição em Londres reverencia Grace Kelly!

Seu estilo clássico reina soberano na exposição de roupas, acessórios e fotos da atriz que virou princesa recém-inaugurada no Victoria and Albert Museum, de Londres.Jenny Lister, curadora da exposição. Hollywood especializou-se em criar dois tipos de divindades femininas, arquétipos de mulheres cravados no fundo da mente coletiva da humanidade : uma era a diva, temperamental, volátil, complicada, erótica, dionisíaca. Em outras palavras, Marilyn Monroe. A outra era a deusa: clássica, etérea, enigmática, apolínea. Em resumo, Grace Kelly. As mulheres intuíam que os homens desejavam Marilyn, mas no fundo elas sempre quiseram ser Grace. Ou, pelo menos, ter as roupas dela. chegou a batizar oficialmente em 1955, no auge do sucesso, um jeito de vestir: o "visual Grace Kelly", manual de bom gosto e bom comportamento.

Os grandes costureiros de Paris fizeram fila para vestir Grace – e pela primeira vez ela começou a usar alta-costura, com a classe de sempre. É desse período a maioria dos cinquenta vestidos mostrados na exibição, todos emprestados da espetacular coleção abrigada no palácio de Mônaco. Sua Alteza Sereníssima usava Balenciaga, Givenchy e, principalmente, Dior, grife dirigida na época por Marc Bohan.

O guarda-roupa quentíssimo eclodiram em 1955, quando Grace tinha 26 anos, num dos três filmes que fez com Alfred Hitchcock, o clássico Janela Indiscreta.

Edith Head, a grande figurinista da Paramount, a quem Hitchcock encomendou trajes que lembrassem as etéreas bonecas de porcelana de Dresden, desenharia o longo de cetim verde-azulado com que Grace Kelly deslumbraria ao ganhar o Oscar de melhor atriz.